Quem quer ser presidente da República?

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A corrida pelo cargo maior da nação está esquentando. Com a OPERAÇÃO LAJA JATO em processo de extermínio, a porta vai se abrindo também para outros cargos eletivos. As articulações para o desmanche completo da OLJ continua. Agora são os procuradores que estão na mira. Seis dos oito procuradores da OLJ/RJ estão sendo julgados pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNPM) em processo disciplinar. Também o coordenador da Operação, Eduardo El Hage, se junta a mais 10 procuradores e uma promotora, todos colocados em risco de dispensa. O pecado dessa gente que combate a corrupção, foi publicar em março passado no site do MPF/RJ um resumo das denúncias apresentadas um dia antes, contra os ex-senadores Romero Jucá e Edison Lobão do MDB. A denúncia se originou de investigações nas obras de Angra 3 com o suposto recebimento de R$ 10,6 milhões da construtora Andrade Gutierrez.

Não se pode analisar apenas sob forma de pressão sobre aqueles que fazem seu trabalho. A ameaça é recado direto dos “donos do poder” para o Judiciário. Como dizemos aqui em Minas, “seis num mexe cum nóis”. Em outras palavras, deixa quieto. A punição contra os procuradores do Rio de Janeiro poderá enterrar de vez a OPJ/RJ que em cinco anos apresentou centenas de denúncias em mais de 50 fases. Nesse período, foram mais de 200 condenações/prisões, como a dos ex-governadores Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão, de Eike Batista (empresário) e do doleiro Dario Messer. Esta dura e histórica punição, traz a perspectiva de questionamento sobre as condenações, como aconteceu com o ex-presidiário Lula. Nesse contexto, outros condenados pela OLJ poderão, através de recursos, concorrer a cargos políticos.

Na corrida pela Presidência da República temos o Senador Rodrigo Pacheco (PSD/MG). Ele é parte do sistema político brasileiro que permite manobras de todo tipo. O Legislativo (Congresso Nacional) faz as leis que eles não cumprem. Existe uma espécie de blindagem no meio que os protege e os torna inalcançáveis. Pacheco se juntará a Lula, Ciro Gomes, Bolsonaro e a definir pelo PSDB, João Dória (SP) ou Eduardo Leite (RS). Também Luiz Henrique Mandetta (DEM) cogita entrar no pleito. Em namoro com o PSB Luiza Trajano (Magalu) ensaia aparecer como candidata. Fernando Haddad continua como regra 3 de Lula. O ex-juiz e ministro Sérgio Moro está apalavrado com o partido “Podemos” que articula sua candidatura. Tem popularidade e pouca musculatura política. Promete surpreender.

Até as eleições outros nomes poderão surgir. Dos aqui citados, alguns partirão para compor chapas e negociarão apoios. Capitalizarão notoriedade para uso futuro, como manda a cartilha. As velhas raposas continuarão articulando nos bastidores em prol do velho e viciado modelo político. Entre eles, Fernando Henrique (PSDB) José Dirceu (PT), José Sarney e Michel Temer (MDB). Outras forças ligadas ao controle do poder e blindagem também atuam. A lista é grande e não cabe aqui. Diante das ofertas de nomes caberá ao eleitor a escolha num momento em que o portador do título tem alguma importância. Depois, esquece. Bom feriado!

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