Vacina é a única saída para a COVID-19

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Nossa cidade recebeu na última terça-feira (19/01) o primeiro lote da vacina CORONAVAC para o combate ao COVID-19. O protocolo do Ministério da Saúde orienta que esse lote se destina aos idosos acima de 60 anos de instituições como asilos; pessoas com deficiência institucionalizadas; toda população indígena e parte dos profissionais da saúde da linha de frente. A mística que se formou no entorno do imunizante chinês é decorrente da politização da saúde e a desnecessária “guerrinha” desenvolvida pelo Governador de S. Paulo, João Dória, e o Presidente da República, Jair Bolsonaro. As notícias que ocupam os veículos de comunicação confundem a população a tal ponto, que 47% dos pesquisados dizem que não tomarão a vacina. A rejeição e o medo ficam por conta dos possíveis efeitos colaterais e a falta de segurança quanto à eficácia das vacinas.

Por outro lado, pesquisa da DOCTORALIA, maior plataforma de agendamento de consultas do mundo, nos dá conta de que 57% dos brasileiros aceitam qualquer vacina aprovada. A pesquisa ouviu 21 mil pessoas em cinco países – Espanha, Itália, Brasil, Polônia e México. Entre os avaliados, o Brasil foi o país com maior índice de aceitação, que ainda considero baixo. Não há como combater essa pandemia a não ser pela vacina e cuidados pessoais. Infelizmente, boa parte da população ainda não entendeu que não existe remédio para combater o Coronavírus. A erradicação ou controle da propagação do vírus vai demandar pelo menos mais um ano. Nesse período o “efeito manada” (diminuição do número de pessoas que contaminam o próximo) e a necessidade de imunizar o maior número de pessoas possível é determinante para o controle.

A busca pela vacina desencadeou uma competição acirrada. A aquisição do imunizante e de insumos para a produção local envolve cifras na casa dos bilhões de dólares. O Brasil foi lento na tomada de decisão para firmar acordos. Até o presente não tem expectativa de conseguir a vacina americana da PFIZER. O acordo mal negociado com Oxford/AstraZeneca é o pior exemplo. O país se submeteu as protelações de entrega do Laboratório Indiano (Serum Institute), quando havia acordo firmado em rota de preferência. Não só não vieram as vacinas, como também os insumos para produção no Brasil pela FIOCRUZ ainda são incertos. Em tempos de pandemia ninguém pode agir em ritmo de férias.

Mesmo que a Coronavac tenha eficiência de apenas 50,3% para evitar contaminações leves, de 78% contra sintomas, e 100% de eficácia para casos graves e moderados, é o que temos para nos agarrar. Sabe-se que uma pessoa não vacinada a exposta ao vírus, tem o dobro de chance de ter a COVID-19 do que alguém que foi vacinado. Como se percebe, a vacinação é apenas o começo de uma jornada que ainda se mostra longa e imprecisa. O vírus tem apresentado cepas em mutações e a eficácia dos imunizantes provavelmente terão que ser revistos. Nossas esperanças devem estar nas vacinas. A UFV – Universidade de Viçosa- desenvolve imunizante promissor que está entrando em fase de testes com humanos. Fica nossa torcida. BOA SEMANA!

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