Vivemos sob o risco da desinformação

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Com um mínimo de atenção se percebe que boa parte dos canais de mídia direcionam e até desvirtuam as informações. O jornalismo atingiu um estágio de irresponsabilidade que submete seus profissionais ao jogo dos interesses ideológicos. Num momento em que a Nação mais precisa da informação correta, de união e solidariedade na pandemia, o que vemos na maior parte dos canais informativos é o terrorismo. O inconformismo se uniu para combater um governo ideologicamente de direita, eleito pela maioria. Não há nada de errado num regime democrático a alternância no poder. A insatisfação, por si só, não é suficiente para articular impeachment de quem quer que seja. O interessante nesse contexto é o que não aceitam. O combate à corrupção e o corte das polpudas verbas que eram destinadas a mídia.

O mundo da informação mudou. No Brasil foi preciso cortar as benesses do dinheiro público para que parte das emissoras de TVs e jornais se reinventassem. É o tombo da velha mídia que relutou para se adaptar ao novo cenário. Hoje a informação está na palma da mão. Desde 1976, quando Steve Jobs e Steve Wozniak decidiram montar um computador batizado de Apple, a comunicação começou sua metamorfose. Bill Gates com a Microsoft, também é parte dessa revolução. A mídia impressa resistiu até onde pode. Jornais e revistas buscaram sobrevivência nas plataformas multimídias, diversificando seus produtos para fidelizar o consumidor.

O escritor e jornalista Dagomir Marquezi nos dá o diagnóstico: “a velha mídia está encolhendo. E não é só por razões ideológicas. São raros os veículos que conseguiram se adaptar satisfatoriamente à era digital. Ou falar com gerações mais novas. Muitos não compreenderam os novos modelos de negócios. A ex-maior editora do país, a Abril, é o melhor exemplo dessa incapacidade de adaptação. Dominava o mercado brasileiro e parecia invencível. Até que desabou”. Vou dar números: em 2014 a revista VEJA tinha tiragem de 1,2 milhão de exemplares e hoje tem cerca de 260 mil. A revista Época da editora Globo lançava 380 mil exemplares. Hoje esse número se resume a menos de 90 mil. No setor televisivo a maior emissora do país, TV Globo, teve que cortar 1,1 bilhão em despesas para fechar 2020 com lucro de 167 milhões. Em 2019 o lucro foi de 752,5 milhões. A receita atual não cobre a dívida com o INSS, hoje superior a 01 bilhão de reais. Há rumores de que a Globo poderá mudar de dono. O mexicano Carlos Slim, 11º mais rico do mundo, estaria aguardando o caldo entornar mais um pouco para fazer uma oferta através da holding do grupo J&F e intermediação do banco BTG Pactual. O negócio é estimado em 25 bilhões de reais. A hipotética venda mudaria os rumos da Globo?

Como consumidor meu desejo é o da informação correta, isenta de opiniões, e que me permita estabelecer minha própria avaliação. Estamos longe disso. Como na pandemia, o melhor remédio é estar vacinado contra aqueles que querem nos catequizar. BOA SEMANA, CUIDE-SE

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