Clima impacta agronegócio, garante Climatempo

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Tive a oportunidade acompanhar o evento “Mudança Climática e Sustentabilidade no Agronegócio”, promovido pela Climatempo, a maior empresa brasileira de serviço Meteorológicos, que busca tornar o futuro seguro e próspero, conectando ciência e tecnologia. Os expositores garantem que o ano de 2021 está sendo um desafio para os produtores rurais brasileiros, transformando a dinâmica do setor agropecuário. As intempéries impactaram a safra. No Sudeste, onda de frio e geada trouxeram impacto para o café e cana-de-açúcar, 02 (duas) importantes culturas.

No Paraná, por exemplo, 2º maior produtor de milho no Brasil, a colheita da segunda safra está atrasada. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), o milho foi uma das culturas mais afetadas, com uma queda de produtividade estimada em 25,7%. Com os prejuízos, as indústrias devem comprar o grão de outros países e estados do Brasil, o que há muito tempo não acontecia.

O produtor Daniel Wolf apresentou as práticas de produção sustentáveis que trazem bons resultados para sua fazenda. A economista Claudine Pinheiro Machado trouxe informações importantes sobre mudanças climáticas e o impacto nos contratos internacionais de milho e café. Gustavo Spadotti da Embrapa Territorial falou sobre o papel do Agro na preservação e o como o setor pode caminhar junto com a sustentabilidade e a advogada Samanta Pineda discursou sobre direito ambiental e como mitigar o impacto climático.

Ainda que seja imprevisível dizer, no momento, o tamanho dos danos econômicos causados pela atual estiagem sobre a economia gaúcha, diferentes e importantes culturas gaúchas já acionaram o sinal amarelo para os prejuízos. Em alguns casos, até o vermelho.

Além dos danos mais aparentes no milho e os riscos para a soja, a falta de chuva aliada ao calor excessivo também impacta na pecuária de corte e de leite, na avicultura e nas plantações de tabaco.

Enquanto isso, por aqui a situação não é diferente, afetando o agronegócio. Na feia de domingo passado, 15 de agosto, tinha produtor vendendo quiabo a R$15,00 o quilo. Preço da carne impraticável e arroz fora de propósito. A estiagem deste ano foi interrompida na noite/madrugada de segunda-feira para terça-feira (16 e 17/08/2021). Como dizem os antigos: “a chuvinha deu para apagar a poeira”. O Climatempo anuncia mais tempo frio para este fim de semana.

Boa notícia: a ministra da Agricultura e do Abastecimento, Tereza Cristina, garantiu que o governo fará o preço do arroz baixar e que o produto não vai faltar nas prateleiras dos supermercados. Na terça-feira, 17 de agosto, a ministra respondeu pergunta sobre o assunto feita pela youtuber Esther Castilho, de 10 anos. A menina questionou a cúpula de ministros antes de uma reunião do grupo.

(*) Ricardo Motta é jornalista, escritor e poeta. Ambientalista desde 1977

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