Mais uma pancada na cultura: Ministério da Economia quer acabar com a meia-entrada

Compartilhe
Facebook
Twitter
Email
LinkedIn
WhatsApp
Telegram

Ministério da Economia propõe acabar com todas as meias-entradas, seja para estudantes ou outras categoria inseridas nas legislações pertinentes. Quase 80% de todos os ingressos de cinema vendidos no Brasil no ano passado tiveram preço de meia-entrada. A participação do ingresso na categoria inteira nas receitas das redes cai há três anos, segundo a Agência Nacional do Cinema (Ancine).

Os dados levaram o órgão regulador a abrir uma consulta pública sobre a obrigatoriedade legal da meia-entrada e seus impactos no mercado exibidor. A discussão está aberta para contribuições até 13 de agosto, mas o Ministério da Economia já se manifestou e defendeu a extinção de todas as regras que garantem o benefício, indo na contramão da realidade brasileira dos estudantes.

Professores/pesquisadores de universidade Porto Alegre (Rio Grande do Sul); Universidade Federal de Pelotas e Fundação de Economia e Estatística de Porto Alegre, de Porto Alegre  fizeram uma pesquisa para estima dos efeitos da implementação de leis de meia-entrada sobre o consumo de bens e serviços culturais dos estudantes brasileiros, utilizando as amostras coletadas para todas as regiões metropolitanas pelas Pesquisas de Orçamento Familiar (POF).

O estudo afirma que “as leis de meia-entrada são políticas que atingem uma população expressiva do país, portanto, seus impactos individuais podem repercutir em grandes consequências para o agregado. O público potencialmente beneficiado, principalmente estudantes, é de tamanho similar ao do maior programa de transferência de renda condicionada do país: o Bolsa Família”.

Em Ponte Nova

O instituto da meia-entrada não afeta Ponte Nova diretamente, mas cidadãos-estudantes oriundos da cidade que estudam pelo Brasil afora são afetados, inclusive em Viçosa que tem o Cine Prisma ou em Juiz de Fora, no Cinema Central. Afora em diversas capitais brasileiras. Acabar com a meia-entrada é alterar a situação de acesso à cultura para quem tem poder aquisitivo menor.

O presidente Jair Bolsonaro  recebeu no dia 29 de janeiro deste ano (2020), no Palácio do Planalto, promotores de eventos culturais, artistas e cantores sertanejos, que foram manifestar apoio ao atual governo.  Na ocasião, o representante da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), Doreni Caramori, defendeu o fim da meia-entrada em eventos culturais. “Não pode o Estado brasileiro intervir na economia e tomar 50% da receita de alguns setores sem compensação. Nós precisamos corrigir essa injustiça histórica”, afirmou.

 

Siga nas redes sociais
Artigos relacionados
Skip to content