O QUE EXISTE EM COMUM ENTRE O RIO GRANDE DO SUL E PONTE NOVA, QUANTO A INUNDAÇÕES?

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Embora seja resultado de eventos climáticos extremos, a tragédia provocada pelas chuvas no Rio Grande do Sul foi agravada pela irresponsabilidade dos governantes ao longo dos anos, afirmou o colunista Tales Faria no Canal UOL News de sexta-feira, 03 de maio.

Para o colunista, há esse problema climático, que era esperado, mas em um estado sem a menor capacidade de investimento. Todos os edifícios públicos estão deteriorados, a barragem se rompe. Tudo isso por falta de gestão. “O país e o mundo estão passando por um problema climático sério, mas por trás disso existe uma tremenda crise de responsabilidade dos governantes”, disse.

Na mesma escala, o problema persiste em Ponte Nova desde 1979 (45 anos). Os administradores municipais nunca quiseram resolver os problemas. Parece que ter inundações em Ponte Nova gera voto e credibilidade. A coordenadoria de Defesa Civil de Ponte Nova, há 18 anos nas mão do abnegado servidor público Cícero Gomides, é a favor da desapropriação dos imóveis que ficam na margem direita do Ribeirão Vau Açu, nas ruas Desembargador Paula Motta e Pedro Nunes Pinheiro, na Vila Oliveira.

Mesmo com o Plano de Redução de Riscos, o Poder Executivo rezando na mesma cartilha de Ricardo Salles (passando a boiada!), trabalhou intensamente para o desmonte das políticas públicas de meio ambiente. Alterou o Código de Meio Ambiente tirando poderes do Codema (Conselho Municipal de Conservação e Defesa do Meio Ambiente) e entregando nas mãos da secretaria municipal de Meio Ambiente (Semam) toda a gestão da área. Raposa cuidando do galinheiro!

A 1ª decisão, ainda em 2018, a liberação ambiental para a implantação do Loteamento Estrela da Mata foi contra o meio ambiente. Existia uma norma do Codema para que nenhum novo empreendimento tivesse asfaltamento. E assim foi durante anos, sob a minha presidência. E o asfalto colocado em uma bacia receptora de água provoca inundações (jamais vistas) no Bairro Santo Antônio e Rua João Vidal de Carvalho, no Guarapiranga.

Os mandatários do município preferem realizar movimentação em tempos de enchentes e inundações, elaborando laudos, distribuindo lonas pretas e cestas básicas aos desabrigados e desalojados. Nada de soluções definitivas e elas existem, mas preferem gastar dinheiro com asfalto nas ruas, sem drenagem!

Estou ansioso esperando os Planos de Governo (melhor seria Programa de Governo) dos  candidatos a prefeito da terra da goiabada-cascão. O que vão escrever para acabar com inundações, arborização e revisão das leis ambientais, que foram ultrajadas com a desestruturação do Codema? O que farão para preservar e cuidar do Parque Natural Municipal Tancredo Neves, no Passa-Cinco, que tem um deficit de 40.000 árvores?

 

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