O presidente da Associação Comercial e Industrial de Ponte Nova (ACIP/CDL), Cochise Saltarelli Martins, publicou manifesto nas mídias digitais para contestar o decreto da Onda Roxa. “Primeiramente gostaria de me dirigir aos associados da ACIP/CDL, e a todos os comerciantes de Ponte Nova, para dizer que nós não participamos em nada da descrição e elaboração desse último decreto, que nos pegou totalmente de surpresa assim como a todos os comerciantes de Ponte Nova, principalmente porque essa determinação foi tomada apenas 03 dias depois do decreto que restringia apenas bares, restaurantes e clubes”, disse Cochise.
Na manhã da quarta-feira, 10/03, Cochise Saltarelli Martins, esteve no programa Canal Reis, da Rádio Montanhesa, quando foi entrevistado pelo jornalista Afonso Reis com a participação do editor do Líder Notícias, Ricardo Motta. Ele reafirmou que desde a semana anterior ao decreto assinado em 06/03, que vinha tentando uma reunião com a Prefeitura de Ponte Nova. “Nós queríamos saber o atual quadro da pandemia e só a administração e o governo do estado têm condição de desenhar pelas informações completas”, disse ele.
Na entrevista a Afonso Reis, Cochise disse que se tivesse os dados, a ACIP/DL poderia prevenir aos comerciantes para evitar investimentos desnecessários e perigosos nesse momento, como a reposição de estoques. “ Até mesmo para que eles (os comerciantes) pudessem planejar férias, banco de horas, organizar home office, entre outras ações no intuito de diminuir o impacto das atuais medidas na saúde financeira da sua empresa, diferentemente dessa súbita pancada que o comerciante tomou nessa última semana”, declarou Cochise.
Ele reclamou que a ACIP/ CDL foi deixada de fora de todo o processo de análise e evolução desses últimos decretos, diferente do que aconteceu nos decretos anteriores (antes das eleições). “Não permitiram que pudéssemos contribuir em nada para tentar melhor calibrá-lo. E o que é pior, não podendo ajudar o comerciante a se preparar para mais esse momento difícil dessa história trágica”, asseverou o líder do empresariado pontenovense.
Aos jornalistas Afonso Reis e Ricardo Motta, disse que os empresários de Ponte Nova já doaram mais de R$ 1,5 milhão para ações de combate à pandemia e que a ACIP/CDL foi responsável pela articulação de grande parte desses recursos, além de inúmeras ações de prevenção e conscientização da população desde o início do combate ao coronavírus. “É muito importante dizer que NÃO estamos aqui nesse momento pleiteando a reabertura total do comércio, pois respeitamos em primeiro lugar a vida humana e os profissionais da saúde”, alertou Cochise.
Para finalizar, Cochise disse que solicita algumas mudanças no atual decreto para contribuir para melhorar a vida do comerciante e ao mesmo permitir o combate sistemático à propagação da COVID-19, com a autorização para que todas as empresas trabalhem com o serviço de delivery; funcionamento das atividades internas das empresas não essenciais; autorização para bares e restaurantes atenderem o delivery até as 20h e autorização para retirada no balcão para lanchonetes, bares e restaurantes; isenção de IPTU e ISS.
Para encerrar ele disse que é preciso a realização de ações de impacto, com a fiscalização efetiva de quem dissemina a doença; hospitais de campanha; mais vacinas; mais leitos e mais profissionais da saúde. “Reconhecemos a dificuldade em contratá-los devido aos riscos da profissão, mas neste estado de exceção, valorizem os profissionais e fazendo uma oferta melhor de salário eles aparecerão”, encerrou a entrevista Cochise Saltarelli Martins pedindo diálogo com administração para o bem da cidade.