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Aborto também é tema de saúde!

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Aborto clandestino pode matar o feto e a mãe por falta de equipamentos adequados ou praticado por leigos

“O atendimento da mulher que busca realizar um aborto deve ser preocupação dos serviços de saúde”, diz a jornalista de saúde, Mariana Varella. Ela é formada em Ciências Sociais e pós-graduanda na Faculdade de Saúde Pública da USP. Interessa-se por saúde pública e saúde da mulher. Prêmio Especialistas Saúde 2021 e Prêmio Einstein Colunista +Admirados da Imprensa de Saúde e Bem-Estar 2021.

Quem lê as notícias recentes sobre o Brasil fica com a impressão de que o país não gosta das mulheres. Essa é a única conclusão possível, também, para quem acompanha a área da saúde. Como entender a maneira como vítimas de violência sexual, muitas vezes meninas com menos de 14 anos, são tratadas? Como compreender que negamos o direito à assistência médica adequada a mulheres que não desejam uma gravidez, senão como sinal de ódio?

“Não fazemos isso com nenhum paciente, independentemente da doença, mesmo que seu quadro tenha sido provocado ou agravado por más decisões pessoais. Alguém aceitaria que um médico negasse tratamento a um paciente com câncer causado por anos de tabagismo, por exemplo, com a desculpa de que ele foi responsável pela doença? Seria desumano, certo?, analisa Mariana Varella.

No Brasil permite-se que uma mulher que não deseje seguir com uma gestação seja jogada à clandestinidade e tenha que se virar para encontrar uma solução, com medo de procurar aqueles que poderiam acolhê-la. “O que ganhamos com a proibição do aborto, menos abortamentos? Já sabemos que a proibição não impede o procedimento: quem precisa e deseja fazê-lo encontra meios clandestinos para isso, mesmo que arrisque a vida”, argumenta Mariana Varella.

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