A Central de Abastecimento de Minas Gerais (CeasaMinas) está com leilão marcado para o dia 22 de dezembro, em São Paulo. O leilão é pauta da equipe de transição do governo federal e agora é também questionado na Justiça. O diretório nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) entrou com uma ação popular, contra a União, requerendo a anulação da venda. O grande motivo é a possibilidade de dano ao patrimônio público.
Assinam a petição a deputado estadual Batriz Cerqueira, os deputados federais, também de MG Padre João, que é de Urucânia, Reginaldo Lopes e Rogério Corrêa, além da presidente nacional do Partido dos trabalhadores (PT) Gleisi Hoffmann. Um laudo do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que o valor total da companhia é de R$ 1,5 bilhão.
No entanto, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) determinou o preço de R$ 398 milhões para venda de toda a empresa e o patrimônio imobiliário da unidade Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Apontado como o principal beneficiário do vazamento do edital de privatização da CeasaMinas revelado por CartaCapital no início de setembro, o empresário bolsonarista Salim Mattar será investigado pela Polícia Federal. As acusações contra Salim Mattar, que é dono da locadora de veículos Localiza, em Belo Horizonte, e foi auxiliar direto de Paulo Guedes no Ministério da Economia, foram encaminhadas ao TCU pelos deputados federais Padre João e Reginaldo Lopes, ambos do PT de Minas Gerais.
