Como funciona o transplante de órgãos entre pessoas vivas

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Posso doar meu rim como fez a atriz Francia Raísa para a cantora Selena Gomez, em 2020

A doação de órgãos é um procedimento que consiste na retirada de um órgão ou tecido de um doador vivo ou falecido para uma pessoa que precisa restabelecer a função de um órgão devido a alguma doença. Em muitos casos, o transplante é a única alternativa para salvar a vida do paciente. Isto é o que a jornalista Maiara Ribeiro, repórter do Portal Drauzio Varella desde 2018.

O Brasil possui o maior programa público de transplantes de órgãos do mundo. Quase 90% dos transplantes do país são realizados através do SUS (Sistema Único de Saúde), órgão criado em 1990.. Em números absolutos, somos também o segundo maior transplantador do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. As informações são do Ministério da Saúde.

Quando falamos em transplante de órgãos, existem 02 (dois) tipos de doadores: o doador vivo e o doador falecido. No segundo caso, é a família quem autoriza a doação. Por isso, se você pretende ser doador, é fundamental avisar aos seus familiares sobre seu desejo.

Mas como funciona o transplante com doador vivo? Esse tipo de doador pode doar um dos rins, parte , parte dos pulmões ou parte da medula óssea. Nesses casos, a legislação brasileira permite que cônjuges e parentes de até quarto grau sejam doadores. Para pessoas que não são parentes, a doação só é possível com autorização judicial.

“A exceção é o transplante de medula óssea. Nesse caso, os doadores podem ser buscados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), no qual as pessoas podem se cadastrar voluntariamente para doar. isso não significa que a pessoa doará medula de fato. os dados dela ficam registrados”, comenta Maiara ribeiro.

CRITÉRIOS PARA DOAÇÃO

Para ser um doador de órgãos em vida, segundo a legislação, é preciso ter no mínimo 18 anos de idade, ser juridicamente capaz e ter parentesco de até quarto grau com o receptor, conforme menciona Maiara Ribeiro no início deste texto. A compatibilidade sanguínea é necessária em todos os casos. A depender do órgão, também é necessário ter características compatíveis do DNA, como o HLA (antígenos leucocitários humanos).

O doador vivo está sujeito aos riscos de se submeter a uma cirurgia com anestesia geral. Os exames pré-operatórios também visam minimizar esses riscos, mas não se trata de algo simples como uma doação de sangue, alerta a médica. “É um procedimento cirúrgico grande, complexo. Tão complexo quanto a própria cirurgia do transplante”, afirma.

Segundo médicos (as) especialistas, no caso do transplante de fígado, o doador pode ter problemas como dor abdominal, sangramentos e fístula biliar, por exemplo. A dor é comum no pós-operatório devido ao trauma da cirurgia, já as outras complicações são menos frequentes. Além disso, existe um risco muito pequeno de morte, menos de 1%, para quem doa uma parte do fígado.

No transplante de rim, doa-se 01 (um) rim inteiro, e o doador passa a viver com apenas 01 (um), que é capaz de exercer as funções renais normalmente. No transplante do fígado, até 70% do órgão pode ser doado, porque ele se regenera. o tempo que o órgão leva para se regenerar varia de pessoa para pessoa. Em geral acontece a partir do primeiro ano de transplante.

 

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