O desembargador Wander Marotta, integrante da 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, foi homenageado na quinta-feira, 17 de novembro, durante sua última sessão de julgamento presencial antes da aposentadoria, que ocorre em 1º de dezembro deste ano. O superintendente administrativo adjunto e ex-presidente do TJMG, desembargador Geraldo Augusto, representou o presidente da Corte mineira, desembargador José Arthur de Carvalho Pereira Filho, na cerimônia.
A sessão foi conduzida pela desembargadora Áurea Brasil, que é presidente da 5ª Câmara Cível. O desembargador Geraldo Augusto lembrou a respeitada trajetória do colega, destacando, entre outros pontos, a sua contribuição para o trabalho no então Juizado de Pequenas Causas e no início do funcionamento dos Juizados Especiais do Estado, onde foi autor da primeira norma de orientação procedimental.
O desembargador Wander Marotta foi Juiz de Direito em Ponte Nova durante muitos anos, na década de 1980, quando praticamente iniciou sua carreira de magistrado, marcando sua passagem por sua atividade extra fórum com ações conjuntas com a 7ª Subseção da OAB Ponte Nova e alta interatividade com a imprensa. Nascido em Dores do Turvo, Wander Marotta entrou no Tribunal de Justiça em 1979.Ele recebeu da Câmara de Ponte Nova o título de Cidadão Honorário. Desastre da Samarco: escritórios de advocacia cadastram pessoas de Ponte Nova para tentar indenização da BHP Billiton
Centenas de pessoas dormiram em filas desde a noite de domingo, 12 de novembro, no Centro Histórico de Ponte Nova, Distrito Rosário do Pontal e Palmeiras para se cadastrarem a receber indenizações da BHP Billiton, empresa, que, junto com a Vale S/A forma o quadro acionário da Samarco Mineradora. As ações pedem reparação de danos causados pelo rompimento da Barragem de Fundão (Mariana), em 05 de novembro.
Diversos escritórios de advocacia de Ponte Nova receberam documentos para cadastramento. Uns de forma gratuita, outros cobravam de R$ 70,00 a R$ 150,00. A batalha judicial dos atingidos pelo rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana, tem ação voltada contra o grupo BHP Billiton.
Em novembro de 2020, a Suprema Corte da Inglaterra acolheu os argumentos da BHP Billiton e extinguiu a ação com base em regras referentes a abuso processual, mas em 08 de julho de 2022 a Corte de Apelação reverteu a sentença de extinção e permitiu que o processo continue no Reino Unido. O caso agora deve seguir para a fase de mérito, em que os juízes vão analisar a responsabilidade da BHP Billiton e a situação dos atingidos. São 200 mil ações já protocoladas desde 2020.