Minas Gerais se tornou o primeiro estado brasileiro a atingir a marca de 04 (quatro) GW de geração de energia solar fotovoltaica, de acordo com dados divulgados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A marca alcançada inclui contabilização da produção tanto por geração centralizada (que inclui grandes usinas) quanto a geração distribuída (pequenos módulos descentralizados).
De acordo com o governo do estado, Minas Gerais possui, hoje, 100% de seus 853 municípios com ao menos 01 (uma) unidade de geração de energia solar fotovoltaica. A marca é importantíssima para entender a posição do estado como referência nacional no setor, sobretudo em um contexto de busca pela manutenção do equilíbrio ambiental e de corrida para zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa. A notícia circulou em 28 de dezembro de 2022.
Teve papel fundamental, nesta trajetória, o “Projeto Sol de Minas” do Governo do Estado, que visa expandir a produção de energia solar fotovoltaica por meio de diversas frentes de atuação. São exemplos: a capacitação dos gestores municipais para atrair empreendimentos do setor solar; a elaboração do Atlas Solarimétrico, em conjunto com a Cemig, para apontar os pontos de oportunidade e conexão no estado; a elaboração de incentivos fiscais para produção de energia elétrica de fontes renováveis; e a simplificação do procedimento de licenciamento ambiental para geração de energia solar.
PONTE NOVA NA ERA SOLAR
Desde mais de 02 (três) anos que Ponte Nova vem demonstrando alto interesse em produção de energia limpa, principalmente em placas solares fotovoltaicas ou simplesmente placas solares para geração de água quente em residências. A energia limpa refere-se àquela fonte de energia que não lança poluentes na atmosfera e que apresenta um impacto sobre a natureza somente no local da instalação da usina.
O campus Ponte Nova do IFMG (Instituto Federal de Minas Gerais) foi pioneiro em montar uma estação para produção de energia solar em prédios públicos. O segundo organismo público a promover esta “pequena revolução” será a Câmara Municipal em conjunto com a Escola Municipal José Maria da Fonseca(Colégio Municipal). As placas estão sendo instaladas no prédio que abriga as secretarias municipais de Saúde e Assistência Social, na Rua Antônio Frederico Ozanan, no Centro Histórico, entre a Rodoviária Velha e o Hotel Glória.
Empresas privadas aderiram à energia limpa em Ponte Nova. Entre elas estão o CD (Centro de Distribuição) da Bartofil Distribuidora, em Anna Florência, e o ATAC, no Triângulo. A usina solar do CD tem 1.200 placas gerando 422 kWp/49.000 kWh atendendo 70%; no Atac são 800 placas que geram 320 kWp/38.000 kWh, atendendo 100% o ATAC, o Contact Center e o escritório. Na área do CD, a Bartofil Distribuidora realiza também uma projeto de arborização nativa para criar um corredor ecológico, substituindo gradativamente os pés de eucaliptos existentes nos arredores.
Os painéis solares com células voltaicas, cujo principal componente é o silício, captam a energia do sol, que pode ser usada em residências para aquecer a água e ambientes, além de, indiretamente, produzir energia elétrica. Entre os impactos ambientais, temos os que ocorrem somente na extração e no processamento do silício.