Um brasileiro, de 26 anos, Begoleã Fernandes, que em sua página do Facebook afirma que é natural de Matipó, cidade a 92 quilômetros de Ponte Nova e vizinha de Manhuaçu, foi preso no Aeroporto Internacional de Lisboa, capital de Portugal, com roupas sujas de sangue e suspeito de cometer canibalismo.
Ele estava embarcando em um voo com destino a Belo Horizonte, quando foi parado pelo Serviço de Fronteiras e Estrangeiros na noite de segunda-feira, 27 de fevereiro. Segundo jornais portugueses, inicialmente ele foi detido por autoridades que suspeitaram da legalidade do cartão de cidadão italiano.
Os oficiais verificaram seus documentos e constataram que Begoleã Fernandes estava com mandado de prisão em aberto desde domingo, 26 de fevereiro, em Amsterdã, na Holanda, por suspeita de assassinar outro brasileiro, Alan Lopes, que o acolheu na cidade de Vegasstraat, que fica ao norte da capital holandesa.
No momento da abordagem, Begoleã Fernandes teria falado sobre canibalismo e 01 (um) saco plástico com carne foi encontrado dentro da mochila que ele carregava. O material foi encaminhado para o Instituto de Medicina Legal, equivalente ao Instituto Médico Legal do Brasil e foi avaliado que carne é humana.
Begoleã Fernandes confirmou que matou Alan Lopes, após ter sido cobrado por dívida e que a carne humana era prova de que ele se recusou a comer. Kamila Lopes, 25, irmã de Alan Lopes, 21, morto em Amsterdã por outro brasileiro, negou que ele fosse canibal, como sugeriu Begoleã Fernandes, 26, suspeito do crime. Ela conversou com o canal UOL /Folha, na tarde de 02 de março.