Na manhã de sexta-feira passada, 24 de fevereiro, mais de 300 motoboys de Viçosa fizeram uma manifestação pacífica em frente a sede da Prefeitura Municipal de Viçosa, com o intuito de receber apoio do Poder Público para a regularização desta classe trabalhadora em Viçosa. A ONG União dos Motoboys de Viçosa declarou greve geral por tempo indeterminado.
Antes da manifestação, representantes da classe, alguns vereadores e representantes do Executivo e a Polícia Militar da 10ª Cia Independente de Viçosa, reuniram-se na Câmara com intuito de dialogar sobre a situação e formas de resolver a situação. Segundo um dos grevistas, a classe “quer um diálogo entre os poderes para ver se é possível fazer algo que dê tranquilidade à categoria possa se organizar e se regularizar.”
Além disso, foi solicitado à PM, por parte de alguns vereadores, que concedesse um prazo para que os motoboys se adéquem às novas regulamentações previstas no Código Nacional de Trânsito, mas não houve acordo imediato em razão da legalidade. Nas últimas semanas, a Polícia Militar realizou blitz e exigiu a inscrição EAR (exerce atividade remunerada), conforme determina o CTB (Código de Trânsito Brasileiro).
Por outro lado, diversos motoboys foram multados ou tiverem seus veículos apreendidos, já que não possuíam tal requisito em sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Em Ponte Nova, o serviço de motofretista é regulamentado por lei, mas o de mototáxi é atividade clandestina, fato ignorado e tolerado pela Polícia Militar e pelos agentes do Demutran (Departamento Municipal de Trânsito)