O pior desastre ambiental do Brasil completou 07 anos no dia 05 de novembro. Dezenove pessoas morreram no Distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, e os rejeitos poluíram 600 quilômetros de rios em Minas Gerais e atingiram o Oceano Atlântico, na costa do Espírito Santo e da Bahia. A ação penal praticamente não andou, com pouquíssimas testemunhas ouvidas e 15 réus já foram considerados inocentes. Os crimes ambientais devem prescrever totalmente em 2024.
Especialistas e o Ministério Público afirmam que a chance de impunidade geral é alta. A defesa dos acusados afirma que o Ministério Público Federal “exagerou” nos pedidos e reitera a inocência dos clientes. As mineradoras Vale, BHP Biliton e Samarco afirmam que respeitam o processo e se comprometem com a reparação. Os rejeitos também atingiram Ponte Nova na comunidade rural de Simplício, logo abaixo do Povoado Chopotó. Foram mais de 12 quilômetros cobertos de lama na margem direita do Rio do Carmo, trecho este limítrofe também com os municípios de Rio Doce, Barra Longa e Santa Cruz do Escalvado.
Até maio de 2022, R$ 21 bilhões e 800 milhões foram desembolsados pela Fundação Renova nas ações de reparação e compensação dos danos ambientais provocados pelo rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana. Desse montante, R$ 9 bilhões 870 milhões foram pagos em indenizações e Auxílios Financeiros Emergenciais para mais de 376 mil 700 pessoas de Minas Gerais e Espírito Santo.