Morreu na noite de sábado, 26 de agosto, no Rio de Janeiro, aos 82 anos, o narrador esportivo José Cunha. Ele nasceu em Ponte Nova no dia 16 de setembro de 1940. Na terra de Reinaldo, o craque do Galo das Alterosas, começou sua carreira na Rádio Sociedade Ponte Nova, no final de década de 1950, aos 19 anos. Depois foi para Belo Horizonte trabalhar na Rádio Itatiaia, já na década de 1960.
Em 1970. ele o principal narrador a emissora que cobriu a Copa do Mundo de 1970, quando o Brasil conquistou o tricampeonato. José Cunha estava internado desde o dia 18 de agosto, quando sofreu 02 (duas) paradas cardiorrespiratórias. No sábado, 26 de agosto, ele teve complicações no pulmão e sofreu também 01 (um) infarto do miocárdio.
Em sua migração para a TV, Cunha se recusava a narrar gol e por isso criou o bordão ‘Tá lá’. Em seu depoimento para o Museu da Pelada ele disse: “Gente, gritar gol na televisão? Todo mundo tá vendo em casa. Lancei o “Tá lá”. Quando eu gritava “limpa”, o “tá lá” vinha”.
Em 1989, José Cunha voltou para Ponte Nova,quando ficou até 1995. retornou ao Rio de janeiro, ficando por lá 04 (quatro) anos. Novamente ele volta e só retornou ao Rio de Janeiro em 2012. Nos períodos de Ponte Nova ele trabalhou na extinta Rádio Visão, hoje Rádio Montanhesa 670 Khz e TV Educar. Jornalista e escritor (O Rádio, A TV e o Futebol do meu tempo) José Cunha manteve em Ponte Nova, a Revista Guarapiranga News, com editoria de arte e diagramação do designer gráfico, Walter Portela.
Ele trabalhou nas emissoras Globo, Nacional, Continental, Tamoio e Carioca, no Rio de Janeiro, e na Rádio Capital, em São Paulo. Integrava o grupo de profissionais (juntamente com outro ponte-novense, Cirilo Reis), que manteve no ar o famoso “O Povo na TV”, que ia ao ar na TVS (depois SBT). Foi o primeiro narrador esportivo do SBT, em 1981, mas antes atuou na TV Educativa e na TV Tupi. Nos últimos anos anos ele comandava o canal de TV FERJ, da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro.
A repórter ponte-novense, Clarissa Guimarães, da Rádio Itatiaia, comentou a morte de José Cunha: “Zé Cunha, que pra mim sempre foi o Zé, fez parte da minha melhor história no jornalismo. Com ele, tive a honra de trabalhar por um ano na TV Educar, de Ponte Nova, onde fazíamos um programa diário e ao vivo. Com ele, aprendi que comunicação se faz com o coração”.