No Dia Mundial do Meio Ambiente, 95 de junho, a Universidade Federal de Viçosa (UFV) ganhou destaque na capa do jornal Globo com a matéria especial sobre a técnica revolucionária de clonagem de mudas para acelerar o reflorestamento da Mata Atlântica. O projeto pioneiro da UFV utiliza o DNA de exemplares antigos para promover o crescimento rápido de árvores em áreas devastadas, trazendo esperança para a recuperação desse importante bioma.
A Mata Atlântica, um dos ecossistemas mais ricos do mundo, sofreu sérios danos ao longo dos anos, com apenas 12,4% de sua vegetação nativa restante. Diante dessa realidade preocupante, a UFV tem se dedicado a encontrar soluções inovadoras para restaurar e preservar esse bioma tão importante para a biodiversidade.
A técnica de clonagem de árvores desenvolvida pelos pesquisadores brasileiros da UFV mostra resultados impressionantes. Espécies em extinção que normalmente levariam mais de 08 (oito) anos para produzir flores e frutos estão agora iniciando esse processo em um período entre 06 (seis) meses e 01 (um) ano.
Isso é possível graças ao plantio de mudas produzidas a partir do DNA de exemplares antigos, que têm a capacidade de acelerar o crescimento das árvores clonadas. O projeto, intitulado “Resgate de DNA e indução de florescimento precoce em espécies florestais nativas”. já foi aplicado com sucesso em árvores como jequitibá-rosa, ipês (amarelo, branco e rosa-de-cacho e roxo), açoita-cavalo, sucupira e pindaíba, entre outras espécies predominantes na Mata Atlântica. Dessas 30 plantas incluídas no estudo, 12 estão ameaçadas de extinção, o que torna a técnica ainda mais crucial para a conservação da biodiversidade.