OURO PRETO
Partidos políticos e movimentos sociais se reuniram no sábado, 21/08, em pontos emblemáticos de Ouro Preto, na região Central de Minas, para protestar contra as taxas de água e esgoto cobradas pela empresa responsável pela gestão do saneamento da cidade. Apesar da pauta séria, a manifestação teve batuque de samba e ritmo de carnaval.
Os manifestantes denunciam um aumento exponencial no valor da conta de água desde que a empresa assumiu a gestão, relatando que pessoas estão pagando até R$ 500 mensais. Na época da gestão municipal, os moradores pagavam uma taxa fixa de R$ 22. Ou seja: o chamado marco regulatória beneficia iniciativa privada. Neste caso o reajuste foi mais de 2.100%.
Sob o mote “Fora Saneouro”, os manifestantes pedem que a gestão de água e esgoto da cidade volte a ser responsabilidade do poder público, como funcionava até o final de 2019. O serviço foi repassado à iniciativa privada na gestão do ex-prefeito em exercício Júlio Pimenta (MDB). Além disso, os protestantes também denunciam que, para realizar as cobranças, a empresa instalou hidrômetros em casas sem autorização dos moradores.
Os movimentos se concentraram às 10h do dia 21 de agosto, na Praça da Estação e seguiram para a Praça Tiradentes, um dos principais marcos históricos. Por lá, alguns manifestantes estavam acampados há mais de 28 dias contra a gestão do saneamento da empresa Ouro Preto Serviços de Saneamento (Saneouro).