MATÉRIA ESPECIAL
Diante da importância da água para a nossa sobrevivência e da necessidade urgente de manter esse recurso disponível, surgiu o Dia Mundial da Água. Essa data foi criada em 1992 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e visa à ampliação da discussão sobre esse tema e colocar em discussão assuntos importantes relacionados com esse recurso natural. Como sabemos, a vida no planeta só é possível graças à presença de água, desse modo, cuidar das fontes de água é fundamental para a nossa sobrevivência.
Além da escassez de água, enfrentamos ainda o problema da baixa qualidade desse recurso. A poluição causada pelas atividades humanas torna a água disponível imprópria para o consumo. De acordo com a ONU, 01 (uma) em cada 03 (três) pessoas no mundo não possui acesso à água potável. Ainda de acordo com a ONU, 03 (três) bilhões de pessoas não possuem instalações básicas para lavar as mãos de forma adequada. Esse quadro é preocupante, pois está relacionado com uma série de doenças: e o hábito de lavar as mãos pode prevenir várias enfermidades, como a COVID-19.
Como toda a população necessita de água para a sua sobrevivência, em julho de 2010, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou, por meio da Resolução A/RES/64/ 292, que a água limpa e segura e o saneamento básico são Direitos Humanos. Sendo assim, a água de qualidade e o saneamento básico passaram a ser um direito garantido por lei. Entretanto, ainda falta muito para que todas as pessoas tenham esse direito realmente garantido.
Declaração Universal dos Direitos da Água
- 01 – A água faz parte do patrimônio do planeta;
- 02 – A água é a seiva do nosso planeta;
- 03 – Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados;
- 04 – O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos;
- 05 – A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores;
- 06 – A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo;
- 07 – A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada;
- 08 – A utilização da água implica respeito à lei;
- 09 – A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social;
- 10 – O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.
Literatura sobre a água e natureza é grande no Brasil, com obra em Ponte Nova
“Tudo era lindo e tranquilo. As pequeninas joaninhas, com suas diversas cores, coloriam aquela parte da floresta. Até que um dia tudo mudou. O reino das joaninhas virou agora um grande depósito de lixo. Mas a mãe natureza não deixaria barato”. Esta é sinopse do livro de Renan Souza, morador do Córrego Santa Maria, zona rural de Guaraciaba, que lançou seu livro ainda em 2019, pela Editorial Hope, editora de São Paulo.
ONDE A ONÇA BEBE ÁGUA
O que um menino vê ao olhar para uma onça no meio da mata? E o que a onça vê ao se deparar com um menino? Em “Onde a onça bebe água”, a escritora Veronica Stigger toma como base a teoria do perspectivismo, a partir da obra do antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, para mostrar que cada um vê o mundo de um ponto de vista distinto.
Joaci é um menino destemido que resolve beber água justamente no rio onde a onça bebe água. E qual não é sua surpresa ao se deparar com uma onça em carne e osso tirando um cochilo na rede. Depois de alguns mal-entendidos, o garoto começa a se perguntar: como será que a onça o enxerga? Como Joaci ou como alguma outra coisa? E será que, para a onça, a onça era onça ou outra coisa? Um convite a olhar o mundo de outra forma.
A MATA DO BICHO FOLHAÇA, LIVRO E PEÇA DE TEATRO
O Conselho Municipal de Conservação e Defesa do Meio Ambiente (Codema) em parceria com a extinta ONG Puro Verde, lançou em 22 de março de 2013, Dia Mundial da Água, o livro “A Mata do Bicho Folhaça”, de José Carlos Itaborahy Filho. Dois anos depois, o enredo do livro, que conta como um macaco enganou a onça para beber água em um poço dentro da mata, virou peça de teatro e rodou cidades do Vale do Rio Piranga (Ponte Nova, Guaraciaba, Barra Longa, Santa Cruz do Escalvado e Rio Doce.
A adaptação e direção foi de Hailton Karran. Na época, o editor do Líder Notícias e responsável por esta página CULTURA EM CONSTRUÇÃO, Ricardo Motta, escreveu nos jornais, com repercussão nas mídias digitais. “Foi uma luta publicá-lo. Tudo começou em 2007. Apenas 06 anos. Não é nada, não é nada! Mas vai bombar no dia 22 de março, Dia Mundial da Água (2013). Olha a capa do livro!”