Veículos da fiscalização ambiental com emblemas do NUCAM (Núcleo de Resolução de Conflitos Ambientais), órgão do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e da Fundação Estadual de Meio Ambiente (FEAM) estiveram em Ponte Nova, em 29 de abril, com fiscais das instituições, motivados por solicitação da empresa Gravatá Agropecuária Ltda, localizada no Sítio Gravatá, Km 6 da estrada Rasa, onde determinada gleba de terra foi desapropriada para a construção da Estação de Tratamento de Esgoto de Ponte Nova (ETEPonte Nova).
No documento assinado pela administradora da Gravatá Agropecuária, Beatriz Leite Carvalho, quer fiscalização para o que ela diz ser uma agressão ao meio ambiente, como, por exemplo, a movimentação de terra próxima ao leito do Rio Piranga, “sem nenhuma proteção, o que pode gerar carreamento de solo para o leito do referido recurso hídrico, gerando dano ambiental futuro”.
Beatriz Leite Carvalho, cita no ofício enviado à Superintendência Regional de Meio Ambiente (Supram), com sede em Ubá, datado de 29 de março, que a construção da ETE Ponte Nova tem como proponente o Departamento Municipal de Água, Esgoto e Saneamento (DMAES). Acrescenta ainda que, “recentemente, foi encaminhada para Curadoria do Meio Ambiente do MPMG (Ponte Nova), representação pedindo investigação e adoção de medidas sobre irregularidades técnicas nos estudos ambientais apresentados pelo empreendedor. No caso, o Poder Executivo. A ETE-Ponte Nova custará aos cofres da administração municipal mais de R$ 21 milhões, recursos provenientes de empréstimo contratado com a Caixa Econômica Federal, após aprovação da Câmara Municipal, em 2020.A empresa vencedora é a Perfil Engenharia (Belo Horizonte), que tem o prazo de 18 meses para entregar a obra, bem como os interceptores centrais, tubulações que serão instalados nas margens do Rio Piranga e estações elevatórias.
Posição da Prefeitura
Editoria do Líder Notícias enviou áudio via WhatsApp para responsável pela Assessoria de Comunicação da administração municipal (AscomPN), Fernanda Ribeiro, que confirmou a fiscalização dos órgãos estaduais em 29 de abril em Ponte Nova. “Houve acompanhamento do secretário municipal de Meio Ambiente, Bruno do Carmo e de representantes do DMAES, mas até o momento não foi expedida nenhuma notificação”, disse Fernanda Ribeiro.