Polícia Militar do Meio Ambiente de Viçosa realizou um atendimento de denúncia, informando que funcionários de uma empresa de engenharia teriam retirado um ninho de bem-te-vi do alto de um poste de energia elétrica e jogado nas proximidades de um imóvel residencial. A denúncia foi formulada a partir de 02 (dois) vídeos que circularam nas redes sociais e tiveram grande repercussão na região. A empresa foi autuada e deverá pagar R$ 5.381,82 por destruir ninho de pássaros da fauna.
O fato ocorreu na tarde de segunda-feira, 17/08, por volta das 15h. A empresa foi autuada por destruir um ninho de pássaros da fauna silvestre na Rua Professor Arlindo Paula Gonçalves no Bairro de Lourdes em Viçosa. No local, os policiais realizaram contato com as testemunhas, que narraram que teriam sido responsáveis pela gravação do vídeo que circulou nas redes sociais.
As testemunhas afirmaram que data de 17/08, por volta das 11 horas, estavam em casa quando viram os funcionários da empresa no alto de uma escada realizando a troca da iluminação pública e deram por falta de um ninho de bem-te-vi, que há aproximadamente 03 (três) anos foi construído no poste pelos pássaros e estava sendo utilizado recentemente para chocar.
Além disso, elas contaram que diante do fato, passaram a questionar os homens e eles negaram fornecer qualquer informação, contudo, posteriormente, elas avistaram o ninho caído no chão, na varanda da casa de um familiar, momento em que passou a filmar a situação e a questionar ainda mais, quando o responsável pela retirada do ninho teria afirmado que havia retirado porque o pássaro estava lhe atacando.
Em um dos vídeos, foi possível observar os pássaros voando próximo a um funcionário da empresa, possivelmente para defender o território, quando este recolocava o ninho no local de origem, o que leva a crer que no interior do ninho havia ovos ou filhotes.
Além da multa, a empresa responderá por crime ambiental previsto no artigo 112, Anexo 5, Código 504, Alínea B, do Decreto Estadual 47.383/2018, por modificar, danificar, destruir ou remover ninho, abrigo ou criadouro natural da fauna Silvestre ou impedir a procriação sem licença especial expedida pela autoridade competente ou em desacordo com o autorizado.