As comunidades atingidas de Rio Doce, Santa Cruz do Escalvado e Ponte Nova (Chopotó e Simplício) conseguiu uma grande conquista no mês em que se relembra o desastre de 05 de novembro de 2015, quando houve o rompimento da Barragem do Fundão e a chegada da lama ao seu Território.
A Superintendência de Assuntos Prioritários da secretaria estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD) emitiu no dia 13 de novembro parecer sobre o EIA/ RIMA (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental) apresentado ao órgão ambiental pela Fundação Renova com o objetivo de adquirir a Licença de Operação Corretiva (LOC).
O parecer levou em consideração, além dos estudos apresentados pela Renova, os danos ambientais averiguados durante as visitas realizadas nas comunidades atingidas por seus servidores, documentos encaminhados pela assessoria técnica do Centro Rosa Fortini, informações apresentadas pelos atingidos durante a Audiência Pública e informações levantadas durante reuniões das câmaras técnicas.
Dentre os posicionamentos da SEMAD, a equipe técnica acatou a manifestação das comunidades denominada Território e recomendou ao COPAM a adoção do Cenário 01. que é a retirada do volume total de rejeito disposto no reservatório da UHE Risoleta Neves (Candonga), mais de 9,6 milhões de metros cúbicos. De acordo com o parecer, as estruturas implantadas no leito do Rio Doce (Barramentos A, B e C) e o volume de rejeito empilhado nos setores 1, 2, 4 (Córrego dos Borges) e 5 também deverão ser removidos.
Se aprovado o parecer no COPAM – Conselho de Política Ambiental nesta sexta-feira, 27 de novembro, a Fundação Renova terá até 12 meses para adequar o projeto executivo. De acordo com o parecer e com informações da comunidade atingida, a presença do rejeito impossibilita a recuperação do potencial energético do reservatório da UHE (Usina Hidrelétrica de Candonga) Risoleta Neves.