Na terça-feira, 08, o governador Romeu Zema participou da assinatura do decreto que regulamenta a Lei 23.748/2020 para a exploração da infraestrutura e de serviços das linhas ferroviárias de menor extensão, conectadas às vias férreas de maior alcance, também conhecidas como shortlines, com possibilidade de gerar mais de 370 mil empregos.
O Plano Estratégico Ferroviário de Minas Gerais, que será lançado nas próximas semanas, identificou mais de 1.500 quilômetros de malha ferroviária no Estado abandonados ou desativados, o que motivou a regulamentação das shortlines (linhas curtas). Nestes estudos figuram os leitos abandonados de Ponte Nova, que interligavam a Ouro Preto, Mariana, Caratinga e Rio de Janeiro.
Os contratos com a iniciativa privada podem valer de 25 a 99 anos que por meio de outorga (direito de uso) emitida pelo Estado, as empresas poderão ampliar sua atuação no setor e aumentar a competência do Estado com relação ao modal, estimulando a sustentabilidade e o desenvolvimento econômico.
No caso de Ponte Nova, a interligação seria para atingir Miguel Burnier, que é um distrito de Ouro Preto, a quarenta quilômetros da sede. O antigo leito ferroviário está sem trilhos e alguns ocupados por residências. A linha de Ponte Nova sairia da Central e passaria pelo Acabiara (Ponte Nova), Barro Branco e Felipe dos Santos (distritos de Barra Longa) até atingir Ouro Preto, seguindo para Ubá e Muriaé.
Segundo o Governo Estadual, os investimentos podem totalizar R$ 26,7 bilhões em obras de construção de ferrovias, material rodante e instalações fixas nos 19 projetos pré-definidos, divididos em transporte de cargas e de passageiros. Também são previstos R$ 2,8 bilhões em arrecadação de impostos indiretos e o crescimento de 3,05% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado.