A policial mineira Ana Rosa Campos, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Manhuaçu, é finalista de 02 (dois) prêmios de expressão nacional no meio judiciário do Brasil: Prêmio Patrícia Acioli e Prêmio Innovare. A escrivã foi a criadora da atendente virtual “! FRIDA”, canal direto entre as vítimas de violência doméstica e a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) da Polícia Civil.
A atendente virtual “Frida” é um canal direto entre vítima de violência doméstica e a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) da Polícia Civil. O atendimento é feito por um chat-bot programado no WhatsApp, que acolhe a denúncia, esclarece dúvidas, faz uma avaliação preliminar do risco e aciona a polícia em situações de flagrante, inclusive enviando uma viatura (quando a vítima não consegue acionar o 190). Frida evita deslocamentos desnecessários até a delegacia e é inclusiva porque recebe solicitações também por áudio (em casos de vítimas analfabetas).
“Esses prêmios são a coroação de um trabalho que acredito muito e de uma causa que eu dedico a minha vida. Ser finalista de prêmios tão importantes me enchem de alegria. Para mim, esses prêmios são das meninas e mulheres que confiam em mim”, disse a policial mineira em depoimento ao jornal Estado de Minas online.
Por que o nome FRIDA?
Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón foi uma das mais importantes pintoras mexicanas da história. Ela nasceu em 06 de julho de 1907, no distrito de Coyoacan, filha de um judeu alemão e uma católica fervorosa. Frida trouxe para as artes algo que até então não era abordado pelos pintores: as questões íntimas femininas. Abortos, partos e feminicídio foram alguns dos assuntos presentes em suas obras.
Uma de suas obras mais chocantes é “Unos Cuantos Piquetitos”, de 1937. Na tela, é possível ver uma mulher nua e ensanguentada em uma cama e um homem ao seu lado, segurando uma faca. A pintura veio de um caso que Frida teve conhecimento, o qual se tratava de um marido que matou a esposa por ciúme e disse ao juiz que foram “apenas uns cortes pequenos”, na tentativa de ser absolvido.