Motim na Penitenciária de Ponte Nova deixa feridos

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Espingarda e cartuchos apreendidos.

Detentos da Penitenciária de Ponte Nova iniciaram uma rebelião seguida de motim no último dia 04/08 por volta das 14h. A Polícia Penal da Penitenciária foi informada de que havia aparelhos celulares e perfurações (buracos) nas celas 78 e 83 da Ala 05 e quando deram ordem de saída para os presos para a vistoria e checagem das informações, teve início toda a confusão. Os agentes foram informados no dia 04/08 de que uma grade havia sido cerrada na ala 05 daquela unidade e por isso a direção do presídio determinou que fosse feita uma vistoria e conferência no local.
Chegaram também informações para os agentes que haveria também 02 (dois) aparelhos celulares dentro da ala em poder de detentos. Segundo as denúncias recebidas pelos agentes, um dos aparelhos estava de posse do detento Phelipe Severo dos Santos, 27 anos, que se encontrava recluso na cela 83 daquela unidade.
Devido às informações recebidas, a coordenação de segurança, a equipe de trânsito interno e o Grupo de Intervenção Rápida (GIR) da unidade prisional foram conferir a veracidade das informações na referida Ala 05 e na Cela 83 e quando determinaram a saída de todos os presos da ala para o pátio de banho, os detentos que estavam alocados na Cela 78 não acataram a ordem.
Com a resistência dos detentos, a equipe do GIR fez uso de um spray de pimenta e de gás lacrimogêneo, o que fez os presos obedecer à ordem indo para o pátio. Com os presos da Cela 78 (setenta e oito) já no pátio de banho de sol, a equipe do GIR foi realizar a checagem da denúncia da Cela 83 a respeito do aparelho celular em posse do detento Phelipe. Neste momento, os presos colocaram colchões na porta e na ventana tentando impedir que os agentes chegassem ao local.
Quando as equipes dos agentes começaram a retirar os colchões para entrar na cela, os detentos fizeram um tumulto, com ameaças verbais, além de lançar urina e água quente na direção deles. Os agentes foram obrigados, novamente, a lançar mão do spray de pimenta, pois houve incitação para que todos os presos se rebelassem. Os policiais penais fizeram disparos com espingardas de calibre 12 com munições menos letais.
Depois de vários disparos os detentos começaram a acatar as ordens e se dirigiram para o pátio possibilitando também aos agentes fazer o atendimento dos feridos durante a rebelião.

O detento Phelippe Severo dos Santos, de 27 anos, denunciado como proprietário de 01 (um) dos aparelhos celulares e apontado como um dos líderes do motim foi atingido por disparos de calibre 12 sofrendo lesões, sendo uma delas na orelha direita. Foi encaminhado após a contenção da rebelião pelos agentes para o atendimento médico apropriado.
Todos os detentos feridos, e outros (31), durante a rebelião foram encaminhados para a enfermaria do presídio e durante a revista feita nas celas das denúncias foram encontrados 04 (quatro) chuços confeccionados com vergalhão e também foi identificado um início de perfuração na base da grade da ventana.

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