Pré-candidatos negros de diversos partidos já traçam estratégias para fiscalizar em suas legendas a distribuição proporcional de recursos públicos na campanha eleitoral e tempo de TV entre políticos brancos, pretos e pardos.
A solicitação para análise foi da deputada federal Benedita da Silva (PT), com apoios de partidos de esquerda ebancada de mulheres. Os políticos se articulam após o ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinar na quinta-feira, 10/09, que a reserva de recursos para candidatos negros já seja válida para as eleições de 2020.
O entendimento do ministro altera a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que determinou, no mês passado, que as novas regras só valeriam a partir de 2022. A decisão do TSE é curiosa: Os três ministros do STF,que compõem a corte, votaram para que a divisão começasse este ano e os outros membros decidiram que só valeria a partir de 2022. Lewandowski acompanhou a corrente minoritária, sinalizando que numa eventual decisão na plenária, a maioria do STF votará a favor de sua decisão monocrática.