A Justiça condenou em Uberlândia mulher que matou gestante e retirou do seu ventre o bebê
Em junho de 2015 Ponte Nova viveu momentos de tensão quando a Polícia Civil anunciou que Gilmária Silva Patrocínio, de 34 anos, assassinara Patrícia da Silva Xavier, que na época tinha 21 anos e estava grávida. O crime foi praticado no prédio abandonado da antiga lavanderia do Hospital Arnaldo Gavazza Filho, no Vale Verde. O bebê foi retirado do ventre de Patrícia e Gilmária foi ao Hospital Nossa Senhora das Dores com a criança e disse que era dela. Acabou condenada a 34 anos de cadeia.
Caso idêntico aconteceu em 2017, em Uberlândia (Triângulo Mineiro) e o júri popular daquela Comarca condenou uma mulher, Aline Roberta Fagundes, pelo homicídio qualificado de uma grávida e ocultação de cadáver. Os jurados reconheceram que a ré cometeu, ainda, os crimes de dar parto alheio como próprio e subtrair incapaz de seu responsável legal.
Aline Roberta Fagundes, deverá cumprir 25 anos de prisão e 06 (seis) meses de detenção, sem direito a recorrer em liberdade durante o regime inicial fixado. De acordo com a denúncia, o crime ocorreu em 05 de dezembro de 2017, no Bairro Monte Hebron, na cidade de Uberlândia. A motivação teria sido o inconformismo da mulher com o fim de um relacionamento amoroso e com o envolvimento do ex com a vítima. A acusada prometeu roupas de bebê à grávida.
Acompanhada da cunhada, a jovem foi à residência da outra. Lá, a anfitriã ofereceu-lhe café com calmante. Enquanto aguardava o efeito do medicamento, a acusada afastou a cunhada da casa. A vítima, inconsciente, teve o pescoço cortado com uma faca de cozinha e foi sufocada com fita adesiva e um pano. Enquanto estava viva, sua barriga foi aberta com estilete para a retirada do bebê. A causa da morte da mãe foi hemorragia.
Recentemente, a jornalista Clarissa Guimarães entrevistou, para a Rádio Itatiaia, a avó que cria o menino. Ivânia Xavier, mãe de Patrícia e avó do garoto que sobreviveu a esse horror, contou em entrevista exclusiva à Itatiaia, que a memória da filha permanece viva. O neto ficou sob os cuidados legais dela. “Quando eu fico muito pensativa nela (Patrícia), querendo dar uma depressão, eu penso ‘não posso adoecer, tenho que cuidar dele’. Isso é o que me mantém de pé”, disse Ivânia à repórter Clarissa Guimarães.