Moradores do Dalvo Bemfeito hostilizam Polícia Militar durante operação para prender foragido da Justiça

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Policiais militares chegaram a ficar encurralados, mas com energia conseguiram prender o foragido, sua namorada e mais um homem. Saíram em comboio, mas as viaturas quase foram atingidas pedras e paus. A PM usou armas de efeito pouco letal, como spray de pimenta e bastão de madeira, para evitar agressões

Uma operação desencadeada para prender um foragido da Justiça, Maycon Douglas, no dia 07 de abril, por volta das 17h30min, gerou uma grande confusão no Conjunto Habitacional Dalvo de Oliveira Bemfeito, na Vila Alvarenga, quando certo número de moradores chegou a hostilizar os policiais militares com xingamentos e até jogaram objetos nas viaturas. A namorada do foragido foi além e disse para os policiais: “vocês não vão prender ele, seus vagabundos”. El tentou intervir para evitar a prisão.

Tudo aconteceu quando a PM de Ponte Nova recebeu informações a respeito de um foragido da Justiça, de nome Maycon, de 20 anos, que estava escondido na sua própria casa, localizada no Conjunto Habitacional Dalvo de Oliveira Benfeito. Desta forma foi montada uma operação para prender o foragido e quando os policiais militares chegaram próximo à residência do foragido (Rua São Paulo) conseguiram visualizar o cidadão através da janela da casa que estava aberta.

Após a localização de Maycon Douglas, os militares abordaram a residência e conversaram com Daniela, namorada do foragido, uma mulher de 23 anos, que autorizou buscas dentro da casa. Passados cerca de 02 (dois) minutos, Daniela abriu o portão da frente da casa e os policiais iniciaram as buscas, contudo, num primeiro momento ninguém foi encontrado. Segundo os policiais, Daniela, numa clarividente tentativa de ludibriar o aparato policial, e favorecer o foragido, a todo momento dizia que Maycon Douglas não estava em casa e que não sabia seu paradeiro.

Policiais militares mais experientes perceberam que havia no local uma escada de madeira jogada próximo à cozinha da casa, bem como marcas de pé na parede que dá acesso ao forro do telhado. Realizaram varredura no forro da casa e viram Maycon Douglas, escondido atrás da caixa d’água, sendo imediatamente lhe dado voz de prisão. Ao ser encontrado, o foragido quebrou seu aparelho de telefone celular, para não permitir a obtenção, por parte da PM, de informação que pudesse estar gravada.

Quando os policiais desceram com Maycon, a sua namorada passou a desacatar os militares, dizendo: “vocês não vão prender ele, seus vagabundos”. Neste momento, Maycon investiu contra os militares dando socos, sendo necessário uso de força física para algemá-lo e retirá-lo da casa. Ainda durante a sua prisão, Maycon pronunciou ameaças aos militares. Quando os militares estavam conduzindo Maycon em direção à viatura, a sua namorada, novamente tentou impedir a prisão.

Ela investiu contra os militares com tapas, socos e chutes, instante em que recebeu voz de prisão, sendo algemada e colocada no compartimento de transporte de presos da viatura. Quando os militares começaram a se retirar do local com o casal preso, moradores locais começaram a aglomerar e proferir xingamentos contra as guarnições. Um homem disse textualmente: “seus covardes, pilantras, quero pegar vocês sem farda”. Por causa do desacato ele recebeu voz de prisão, tentou resistir à prisão, desferindo cotoveladas nos militares. Os policiais o derrubaram ao solo conseguiram algemá-lo.

Segundo os militares, durante a operação foram utilizados instrumentos de menor potencial ofensivo, como spray de pimenta e bastão de madeira para conter a multidão que se aproximava, rompendo o perímetro de segurança estabelecido pelos militares, mesmo com ordens dadas para a manutenção da distância necessária.

Alguns indivíduos no meio da confusão, os quais não foi possível identificar, tentaram arrebatar o preso por desacato, sendo impedidos com o uso da força policial. Quando os policiais deixaram o local, em comboio, pela Rua Minas Gerais, vários moradores que estavam na Rua São Paulo, arremessaram diversas pedras em direção às viaturas policiais, sem, contudo, conseguir acertá-las.

Policiais militares chegaram a ficar encurralados, mas com energia conseguiram prender o foragido, sua namorada e mais um homem. Saíram em comboio, mas as viaturas quase foram atingidas pedras e paus. A PM usou armas de efeito pouco letal, como spray de pimenta e bastão de madeira, para evitar agressões
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