Sindserp e a Prefeitura disseram que ela não recebeu a cesta básica, pois não cumprir requisito
A jornalista Célia Denise Silva, que é servidora pública municipal, enviou correspondência ao Líder Notícias em que denuncia o que chama de “descaso que vem enfrentando por parte da Prefeitura de PN e do Sindserp, após não receber cesta básica, referente ao mês de abril, benefício ao qual tem direito por Lei Municipal (4.325, de 04/12/2019)”. Ela informou que fez 02 (dois) protocolos (números 024075/2020 e 024209/2020) junto à secretaria municipal de Gestão de Recursos Humanos da prefeitura municipal, questionando o motivo pelo qual não recebeu o benefício e até hoje não obteve resposta.
“Um enorme desrespeito ao funcionário municipal e uma contradição da Prefeitura, porque eles exigem que a gente faça a solicitação por escrito, mas não te respondem e, quando você telefona para o setor de RH, cobrando um posicionamento, muitas vezes somos mal tratados, transfere a nossa ligação para várias pessoas, a gente se sente um lixo, um clima de deboche total”, afirmou Célia Denise.
Ela alega que não obteve resposta da prefeitura e recorreu ao Sindserp (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais e Autarquias de Ponte Nova) no dia 16 de maio. Ela cita que fez a denúncia oficial à advogada do Sindserp Rita Acipreste, mas também não obteve sucesso: “Nunca me responderam. Passei várias mensagens para o Whatsapp da advogada e nada. O senhor Geraldo Jannus (presidente do Sindserp) nunca nem me cumprimentou, ele passa pela gente na rua e vira o rosto para outro lado”.
Manifestação do Sindserp e da secretaria de Recursos Humanos
O presidente do Sindserp, Geraldo Jannus, ouvido pelo Líder Notícias disse que Célia Denise Silva filiou-se no mês de abril e uma semana depois informou que lhe fora negada a cesta básica. “Ela queria que o Sindserp entrasse com mandado de segurança contra o prefeito municipal. Pessoalmente, fui à secretaria de Gestão e Recursos Humanos (Segerh), onde fui informado pelo secretário Eduardo Bemfeito de que o motivo da não concessão da cesta básica era porque a servidora não havia cumprido os requisitos estabelecidos pelo decreto que regulamenta a questão. Mais precisamente por que Célia Denise Silva não havia cumprido, naquele mês, sua carga horária de trabalho, mesmo sendo notificada verbalmente diversas vezes”.
“Quanto ao relacionamento pessoal do presidente com a servidora trata-se de questão que extrapola os limites da atuação sindical. É questão de foro íntimo. Quem é meu amigo sabe como é minha conduta e como me relaciono com as pessoas. Infelizmente nem todo mundo age de maneira ética e respeitosa em relação ao outro. É uma questão de caráter, cada um tem o seu”, diz Geraldo Jannus.
De sua parte a Segerh, através de seu titular Eduardo Bemfeito, disse que “razão não assiste à servidora Célia Denise da Silva aprovada em cargo com jornada de 40 horas/semanais (8h/dia). Ela manteve vários contatos de cunho pessoal e por telefone com os servidores da pasta, os quais de forma profissional e respeitosa lhe detalharam sobre o motivo do não recebimento da cesta básica em abril”, disse Eduardo.
Eduardo Bemfeito foi categórico em afirmar que Célia Denise Silva quando serviu na secretaria municipal de Cultura e Turismo (jornada adotada de 08h/dia) só laborou por 6h/dia, daí a supressão do citado prêmio no mês de abril/2020. Atendendo aos reclamos da Célia Denise procurou-se outra unidade municipal com jornada de 6h/dia e na qual a sua pessoa poderia ser útil profissionalmente. “A partir daí ela recebe regularmente a cesta básica”, encerra o secretário.