Regional de Ponte Nova intensifica orientações sobre a tuberculose junto aos municípios

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A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Ponte Nova, por meio da Coordenação de Assistência Farmacêutica (CAF), em parceria com o Núcleo de Vigilância Epidemiológica (Nuvepi), promoveu reunião, em 17/4, no auditório do Sindicato dos Produtores Rurais de Ponte Nova, sobre o Programa Nacional de Controle da Tuberculose. O público foi formado por farmacêuticos municipais e referências municipais da vigilância da tuberculose. A doença, de natureza infecciosa, é transmitida pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, sendo sua forma mais comum a pulmonar (podendo, também, atingir outros órgãos). A tuberculose tem cura em praticamente todos os casos, desde que o paciente tome a medicação de forma regular e em doses adequadas. O tratamento dura, no mínimo, seis meses, e é disponibilizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo dados de 2023 do Ministério da Saúde (MS), cerca de 80 mil pessoas adoecem a cada ano por tuberculose no Brasil. Em 2022, a tuberculose foi a segunda causa de morte por um único agente infeccioso no país, superada apenas pela covid-19. Em âmbito regional, a SRS Ponte Nova notificou, no ano passado, 86 casos da doença e registrou sete óbitos. Diante do cenário desfavorável em nível nacional, o MS anunciou, em 2023, que pretende alcançar as metas de eliminação da tuberculose como problema de saúde pública até 2030, cinco anos antes do período inicialmente previsto.

Durante a reunião, a referência técnica do Nuvepi, Dádiva Raquel Rodrigues, apresentou o cenário epidemiológico do país e da área de abrangência da SRS Ponte Nova, assim como o funcionamento da rede de diagnóstico e assistência aos casos em tratamento. “O controle se baseia em três pilares: busca ativa de casos, acompanhamento de cura e exame de contatos. A Assistência Farmacêutica pode atuar nesses pilares, colaborando com o serviço de vigilância municipal na manutenção da busca ativa durante os atendimentos nas farmácias, reforçando com os pacientes a importância de se aderir ao tratamento diretamente observado (TDO) e divulgando aos demais profissionais da rede sobre os esquemas de tratamento disponíveis tanto para a fase ativa quanto para o período de infecção latente”, explicou.

O coordenador da CAF regional, Marcos Luiz de Carvalho, falou sobre os esquemas de tratamento para tuberculose e infecção latente para tuberculose (ILTB), com ênfase no novo tratamento disponível para os casos de IILTB com os medicamentos Rifapentina e Isoniazida, conhecido como 3HP, tanto com dose isolada quanto com dose fixa combinada. “Ele consiste na tomada dos medicamentos uma vez por semana, durante três meses, diferente dos esquemas anteriores, em que a tomada da medicação era diária e prolongada por seis a nove meses, dependendo do esquema. Entre as vantagens, estão a redução do tempo de tratamento, a comodidade posológica, o aumento da adesão e a conveniência da realização do TDO”, elencou.

Segundo Carvalho, é preciso proporcionar ao paciente de tuberculose o acolhimento necessário para que haja uma adesão satisfatória ao tratamento com o esquema 3HP. “Para tanto, quando da primeira notificação da infecção latente em um dos nossos municípios, convidamos para uma reunião o enfermeiro da unidade de saúde que irá acompanhar o caso, bem como o farmacêutico municipal. Nesse momento, explicamos sobre condutas, manejo, monitoramento da terapia e estratégias para se evitar o abandono do tratamento”, disse.

Por Tarsis Murad / Foto: Tarsis Murad

 

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