Representantes de diversos segmentos da sociedade civil e da administração pública discutiram dia 18 de maio a problemática dos ataques de cães no município de Viçosa. Também foi debatido o papel do futuro Centro de Zoonoses e a implementação de políticas públicas efetivas para lidar com a população de animais de rua. A audiência pública foi realizada na Câmara Municipal a pedido da vereadora Marly Coelho (PSC),que é defensora da causa dos bichos soltos. Iniciando a discussão naquela noite, a vereadora Marly Coelho disse que são frequentes as reclamações sobre ataques de cães e ressaltou a necessidade de compreender o que está acontecendo para buscar soluções, tanto para os animais, quanto para a população.
Durante o debate, a chefe de Departamento de Vigilância em Saúdem Lilian Souza, destacou que o Centro de Zoonoses não será o local de guarda de animais ou clínica veterinária, mas tem como objetivo principal verificar os animais que representam riscos à saúde pública, como os animais de rua, para garantir que não ofereçam perigos à população. Ela também ressaltou a importância da microchipagem dos animais, para que o município tenha controle sobre quais deles já foram vacinados. Representando a classe empresarial, Elias Batista compartilhou uma experiência pessoal em que seu filho foi mordido por cães agressivos no campus da Universidade Federal de Viçosa. Ele destacou a importância de identificar e catalogar os animais, além da castração.
Jomar Vieira, representante dos motoboys, chamou a atenção para os acidentes de trânsito causados pelos ataques de cães. Ele mencionou que os motoboys são, frequentemente, alvos desses ataques. No final da audiência Pública, Marly Coelho anunciou que vai protocolar na Câmara de Viçosa projeto de lei abrangente para garantir orçamentos destinados à causa animal.