Um projeto de restauração ecológica do Cerrado está sendo desenvolvido pelo Laboratório de Restauração Florestal da UFV (LARF), em parceria com a TTG Brasil Investimentos Florestal LTDA. O projeto é considerado um dos maiores experimentos de restauração de larga escala do mundo. Para se ter uma ideia do tamanho da sua proporção, ele ocupa uma área de 81 hectares, o equivalente a cerca de 81 campos de futebol.
Instalado em Camapuã, no Mato Grosso do Sul envolve mais de 40 mudas de diferentes espécies de árvores nativas e mais de uma tonelada de sementes. A pesquisa é dividida em hectares, que fornecerão informações sobre o desempenho ecológico e a eficiência operacional.
De acordo com o coordenador do projeto na UFV, professor Sebastião Venâncio, o experimento será fundamental para a restauração do Cerrado, de modo a contribuir significativamente com procedimentos capazes de restaurar o bioma, que abriga as nascentes das 03 (três) maiores bacias hidrográficas da América do Sul: Amazonas/Tocantins, São Francisco e Prata.
Os estudos sobre a vegetação e a devida restauração, no entanto, carecem de informações sobre as técnicas mais adequadas. Os primeiros dados já foram obtidos e estão sendo analisados. A expectativa é de que a partir do segundo semestre deste ano, os dados sejam divulgados em artigos e na tese de doutorado em Ciência Florestal da UFV do pesquisador colombiano Andrés Iván Prato Sarmiento, que é orientado pelo professor Sebastião Venâncio.
Os resultados permitirão a definição das melhores técnicas de restauração ecológica da vegetação do Cerrado, contribuindo não apenas com a recuperação da biodiversidade, mas também com a estocagem de carbono e redução das mudanças climáticas.